O dólar acumula queda de quase 12% no semestre e vive seu pior desempenho desde 1973. A combinação de dívida crescente nos EUA, sinais de corte de juros pelo Fed já anunciados por Jerome Powell (foto/reprodução internet) e o ruído das políticas comerciais de Trump minou a confiança na moeda. Investidores migraram para divisas mais sólidas — euro, iene — e os efeitos já se espalham: o ouro bate recordes, os ativos em dólar perdem brilho e a realocação de capitais reconfigura os fluxos globais. A expectativa é de mais pressão à frente, com um Fed mais acomodatício e a erosão fiscal americana em foco. No Brasil, a instabilidade fiscal também fragiliza o real, mesmo com o dólar em queda. A maré é global, mas os riscos são locais.