O governo Lula tenta, sem disfarces, reverter a derrota acachapante sofrida no Congresso Nacional ao tentar elevar as alíquotas do IOF. Nesta terça-feira, ministros e caciques parlamentares reuniram-se na residência de Hugo Motta. Tentaram um gesto de conciliação, mas saíram como entraram: sem acordo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto/reprodução internet) insiste em convencer o STF da legalidade do aumento. Motta, realista, reiterou que um novo imposto não passa. Quer corte de gastos, não mais tributos. Moraes, do Supremo, suspendeu tanto o decreto quanto sua derrubada. Na prática, congelou tudo e frustrou o governo. Em junho, o IOF rendeu R$ 8 bi; agora, com a volta da alíquota menor, a perda esperada é de R$ 2 bi. No pano de fundo, ressentimentos: o Planalto nega, mas o Congresso vê dedo do PT nas campanhas digitais contra o Legislativo. E o diálogo, por ora, virou encenação.