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Aço da China inviabiliza indústria brasileira

Paulo César de Oliveira
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Sérgio leite

O risco da importação de aço para o futuro da indústria no Brasil foi a reflexão que o vice-presidente de Assuntos Estratégicos da Usiminas, Sérgio Leite (foto/Tião Mourão), levou para o Conexão Empresarial 2025. Segundo ele, o Brasil é um dos poucos países produtores de aço que não cresceu. O potencial de crescimento do país é imenso, mas vive-se atualmente uma guerra de mercado, com defesas comerciais para proteger as empresas nos países produtores de aço. O menos protegido é o Brasil. O país tem a menor tarifa cobrada entre os produtores, de 10,8%, ficando exposto a produtos de outros países e é o que está acontecendo. Sérgio Leite disse que em cinco anos, houve um aumento de 105% nas importações de aço. As vendas internas aumentaram 10% no mesmo período, ficando praticamente estáveis. A importação de aço chinês, por sua vez, aumentou 340%.

Só neste ano, houve um aumento de 40% de importação de aço chinês, atingindo 6,4milhões de toneladas e 31% das vendas internas. O equivalente a produção de duas Usiminas. Esse aço também chega ao Brasil abaixo do custo de produção, criando uma situação impossível para as empresas brasileiras.  O resultado é o fechamento de usinas brasileiras. Subsidiadas pelo governo chinês, Sérgio Leite disse que as empresas chinesas vão destruindo as usinas mundo afora. A China, segundo ele, virou a fábrica do mundo e produz mais da metade do aço consumido no mundo. “A continuar assim, nós vamos destruir a indústria brasileira, não só a do aço”.

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