Com o impasse entre Brasil e Estados Unidos em relação ao tarifaço, o governo Lula testa os limites da diplomacia e do potencial de Geraldo Alckmin (foto/reprodução internet), que acumula a vice-presidência e o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Entre os cenários mapeados, assessores do presidente Lula falam em medidas como quebrar patentes farmacêuticas ou apertar o cerco sobre remessas de lucros de multinacionais. A segunda hipótese, já negada pelo Ministério da Fazenda, soaria como controle de capitais, algo que o mercado teme. A estratégia atual busca ganhar tempo e manter as portas abertas ao diálogo. Exportadores exigem bom senso, mas o governo, pressionado internamente e com pouca margem de manobra junto a Washington, tropeça na falta de coordenação. A política externa, em vez de seguir um plano claro, parece guiada por impulsos. E, num jogo tão sensível, um passo em falso pode ter custo elevado.