Com o pacote de tarifas previsto para 1º de agosto, os EUA sinalizam que a era do “TACO Trade” — diplomacia tarifária sem consequências — pode estar chegando ao fim. O investidor e gestor de fundos, Scott Bessent, reforça a lógica da intimidação como método de barganha. A estratégia, porém, elevou a tensão com a União Europeia a um novo patamar. Donald Trump ameaça uma tarifa de 30% sobre produtos europeus, e Bruxelas reage com seriedade e estuda acionar o Instrumento Anticoerção, mecanismo que permite retaliar medidas unilaterais. As respostas podem ser duras — de tarifas próprias à exclusão de empresas americanas de licitações públicas. Dado que o comércio entre EUA e UE superou US$ 1,9 trilhão em 2024, qualquer movimento brusco pode abalar as cadeias globais. O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Howard Lutnick (foto/reprodução internet), tenta manter a calma, mas o risco de uma guerra comercial real não é mais mera hipótese. O mercado já sente o peso de um gatilho prestes a ser puxado.