“O Brasil não aguenta mais o PT, o Brasil não aguenta mais o Lula.” A frase de Tarcísio de Freitas (foto/reprodução internet), em encontro do BTG Pactual com presidenciáveis de centro-direita, vai além da disputa retórica. Resume a percepção de que o ciclo lulopetista perdeu vitalidade. Dados de rejeição reforçam o diagnóstico, de que a população demonstra fadiga diante de um modelo que consome recursos sem equilíbrio fiscal, não entrega crescimento consistente e fragiliza instituições. No campo externo, insiste em alinhamentos ultrapassados. O desabafo de Tarcísio vocaliza, portanto, um sentimento mais amplo, o de que o lulismo, outrora sinônimo de inclusão social, tornou-se um fardo político e econômico difícil de sustentar.
Virando a página
Na oposição, o PT rejeitou marcos essenciais como a Constituição e o Plano Real. No poder, entregou queda de produtividade, rombo fiscal, loteamento do Estado e uma diplomacia anacrônica. O lulopetismo trocou reformas por gasto corrente e subsídios, produzindo dívida, déficit e estagnação, um reflexo de 16 dos últimos 22 anos sob seu comando. Mas a crítica não se encerra aí. O populismo petista abriu caminho ao populismo bolsonarista, seu subproduto mais tóxico. O país viveu o pêndulo: antipetismo e antibolsonarismo alimentando-se mutuamente, num ciclo de ressentimento e paralisia. Romper esse eixo é condição de futuro. Não basta trocar um demagogo por outro. É preciso responsabilidade fiscal, instituições sólidas e uma agenda conectada ao mundo real. O Brasil não aguenta mais Lula nem Bolsonaro.