A valorização recente do yuan marca inflexão na política cambial da China e desencadeia efeitos sobre moedas emergentes, inclusive o real. Com a perspectiva de cortes nos juros nos EUA, investidores ampliam apostas em divisas como baht, peso mexicano e real, que replicam quase proporcionalmente os movimentos da moeda chinesa. A correlação entre o dólar-yuan e o índice MSCI de emergentes atingiu 0,59 em agosto, maior nível desde 2024. Hedge funds projetam o yuan a 7 por dólar até o fim do ano, frente aos 7,12 atuais. Paralelamente, a hegemonia do dólar nas reservas globais enfraquece: caiu para menos de 60%, menor patamar em 20 anos. Ganha espaço um mosaico de alternativas — euro, ouro e sobretudo o yuan, cuja fatia no mercado global de câmbio subiu de 4% em 2019 para 7% hoje. (Foto/reprodução internet)
A nova ordem monetária
