O presidente da Câmara, Hugo Motta (foto/reprodução internet), convocou uma nova sessão de votações e conseguiu reverter a derrota da véspera sobre o voto secreto na PEC da Blindagem. A articulação, feita logo nas primeiras horas desta quarta-feira, resultou em acordo com líderes do Centrão e terminou com aprovação por 314 votos a favor e 168 contrários, garantindo que deputados e senadores possam manter o anonimato ao julgar abertura de processo criminal ou autorizar prisão de colegas. Conforme o Blog já havia antevisto, o relator Cláudio Cajado (PP-BA) apresentou requerimento para reinserir o dispositivo, sustentando que a votação anterior não refletira a “vontade do plenário”.
Por um lado, o movimento expõe a frágil posição do governo, que se absteve de orientar a base – embora a maioria do PT tenha votado contra, 8 dos 68 deputados foram favoráveis. Por outro lado, a apatia sinaliza que é verdadeiro o rumor que corre nos bastidores. O Centrão teria oferecido ao Planalto um acordo: se a PEC fosse aprovada, os partidos ofereceriam apoio para derrotar o PL da anistia ampla.
