O projeto de lei que visa instituir a tarifa zero no transporte público de Belo Horizonte pode ser votado nesta semana. Apresentado pela vereadora Iza Lourença (foto/reprodução internet), o texto já soma 22 assinaturas. Para custear o ônus, a matéria criaria um fundo financiado por publicidade, multas e, sobretudo, pela criação da Taxa do Transporte Público, aplicada a empresas com dez ou mais empregados. Se aprovado, a cidade se tornaria a primeira capital brasileira a adotar ônibus gratuitos em escala municipal.
A proposta divide opiniões. Especialistas em mobilidade destacam o potencial de inclusão social e redução de desigualdades. Em contraponto, o prefeito Álvaro Damião alerta para o risco de desestimular investimentos e encarecer o ambiente de negócios. Mais do que uma disputa entre prefeitura e Câmara, a discussão revela um dilema maior: até que ponto uma cidade está disposta a reformar sua lógica fiscal para transformar o acesso à mobilidade em direito universal.