As eleições de 2026 se mostram abertas, mais pela fragilidade da direita do que pela força do presidente Lula. O campo bolsonarista acredita que um “poste” pintado nas cores certas seria suficiente, mas a crise atual, que é inédita pela mistura de fatores domésticos e geopolíticos e por não gera lideranças. Lula encarna a repetição: velho, gasto, sustentado por assistencialismo e pela ilusão de estadista. Do outro lado, faltam estaturas, não nomes. As elites vivem entre a vulnerabilidade exposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e o desalento com a política nacional. Cresce a sensação de que o sistema joga contra quem trabalha e de que figuras antigas já não oferecem sonhos. Esse quadro alimenta o que Robert Kaplan (foto/reprodução internet) chamou de “claustrofobia política”: a percepção de que não há saídas. No Brasil, soma-se a ansiedade social e a inércia de uma direita incapaz de galvanizar seu eleitorado.