O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto/reprodução internet), bem que tentou apelar à racionalidade em meio à contaminação eleitoral que, segundo ele, dominou o debate da Medida Provisória alternativa ao aumento do IOF. Não adiantou. Por 251 votos a 193, a Câmara dos Deputados aprovou o requerimento de retirada da pauta de votação no início da noite de hoje, último dia antes de vigência da medida, que perde a validade. A derrubada promete abrir um impasse de R$ 35 bilhões no orçamento de 2026.
Após duas semanas de negociações com a Câmara, Haddad avalia que todas as divergências de mérito foram superadas e que o impasse foi político. O ministro defendeu o acordo como “sóbrio e equilibrado”, com concessões mútuas. Em tom crítico, disse que parte do Parlamento repetiu o roteiro de 2022, mas “com o sinal trocado”: se antes houve liberação de gastos por motivos eleitorais, agora haveria tentativa de restringir o orçamento para enfraquecer o governo. A estratégia, alertou, não atinge apenas o presidente Lula. “Quem será prejudicado é o Brasil”, resumiu.