O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, volta a Brasília com a faca na mesa: ele pretende apresentar ao presidente Lula cortes que podem ultrapassar R$ 7 bilhões em emendas parlamentares. O motivo é simples: a Medida Provisória que aumentava impostos sobre apostas e papéis do agro morreu na Câmara Federal, com Hugo Motta (foto/reprodução internet), e o governo precisa cobrir o rombo no caixa. No orçamento de 2026, o corte reduziria o valor destinado às emendas parlamentares dos deputados a R$ 45 bilhões, contra os atuais R$ 53 bilhões. Deputados falam em chantagem, já Haddad chama de matemática. A ameaça de veto é o novo instrumento de pressão do Planalto. Por trás da disputa contábil, há o mesmo jogo político: testar até onde o Congresso resiste quando o cofre fecha.