Presidente da CPMI do INSS, Carlos Viana (foto/reprodução internet) chorou ao comentar as fraudes bilionárias que atingem aposentados e pensionistas. Entre lágrimas, o senador do Podemos-MG disse lembrar dos pais e avós ao citar entidades que movimentaram mais de R$ 500 milhões em dois anos sem reação da CGU ou do Ministério da Previdência. O gesto emocionado, porém, revelou mais do que indignação. Em meio a uma comissão que acumula discursos inflamados e poucos avanços concretos, o desabafo de Viana parece traduzir o roteiro conhecido de CPIs que começam em tom de justiça e terminam em composições políticas. A comoção do senador, sincera ou não, soou como reflexo de um país acostumado a reagir tarde às tragédias que ele próprio perpetua.