O Rio reviveu seu eterno front: uma guerra urbana que serve tanto à retórica da direita quanto à vergonhosa omissão da extrema esquerda. Para o governador Cláudio Castro (foto/reprodução internet), a operação no morro do Alemão e na Penha é prova de “coragem” diante do crime. Para o governo Lula, um espetáculo de truculência. No fundo, trata-se da falência do Estado em garantir segurança e justiça. A direita clama por fuzis, a esquerda por programas sociais, e o morro continua refém de ambos. Quando drones e favelas se tornam cenário de guerra, o debate político se reduz a slogans. A Faixa de Gaza, afinal, não é metáfora: é o retrato de um país que perdeu o controle de si e transformou a violência em palanque.













