Na sessão desta terça-feira, no Superior Tribunal Militar, a presidente Maria Elizabeth Rocha (foto/reprodução internet) reagiu às críticas do ministro Carlos Augusto Amaral Oliveira, que havia afirmado que ela deveria “estudar mais” a história do tribunal após seu pedido público de perdão pelos abusos cometidos entre 1964 e 1985. A magistrada classificou a fala do colega como um “tom misógino travestido de conselho paternalista” e afirmou que a tentativa de deslegitimar seu gesto revela resistência a um marco de ruptura numa instituição historicamente dominada por homens. O embate, que terminou em bate-boca entre ministros, evidencia o desconforto de parte da Corte com a iniciativa da presidente, cuja fala no ato ecumênico pelos 50 anos da morte de Vladimir Herzog foi amplamente aplaudida e interpretada como um gesto simbólico de revisão histórica.












