Dois meses depois da rejeição da PEC da Blindagem pelo Senado, a fratura entre os presidentes da Câmara e do Senado ainda não se regenerou. Até aquele momento, Hugo Motta e Davi Alcolumbre (foto/reprodução internet) buscavam se afastar das tensões que marcaram o período de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco. A PEC, porém, inaugurou uma lógica de disputa e um ambiente de estratégias de pressão, como travar projetos de interesse da outra Casa ou impor prioridade regimental a iniciativas próprias. Na prática, o discurso de união que ambos sustentavam se esvaziou, ameaçando a autoridade institucional do Congresso diante do Executivo e do Judiciário. Se a cooperação não voltar ao centro da articulação política, cresce o risco de que agendas estruturantes sejam engolidas por rivalidades que vão além da PEC e refletem disputa por poder e visibilidade.











