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A República dos salários impossíveis

Paulo César de Oliveira
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Javier Milei

Está difícil para o Brasil explicar o título que ostenta uma contradição: enquanto o Estado pede eficiência, tolera-se uma engrenagem que distribui privilégios como se o Tesouro fosse inesgotável. Em um único ano, R$ 20 bilhões foram consumidos por remunerações que ultrapassam o teto constitucional, hoje fixado em pouco mais de R$ 46 mil, o soldo de um ministro do STF. O levantamento do Movimento Pessoas à Frente e da República.org mostra que o país lidera, com folga desconcertante, o ranking de supersalários entre dez nações analisadas: são 53,5 mil servidores ativos e inativos acima do limite legal. A Argentina, de Javier Milei (foto/Gage Skidmore) segunda colocada, tem metade disso; os Estados Unidos, bem menos, pouco mais de quatro mil casos. Alemanha, França, México e demais países pesquisados ficam ainda mais distantes. A discrepância alimenta a pressão sobre a reforma administrativa que tramita na Câmara. O debate, porém, vai além da aritmética: revela uma democracia que, incapaz de enfrentar seus próprios excessos, termina por proteger justamente aquilo que promete corrigir.

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