Dados revelados nesta quarta-feira, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), comprovam que o racismo persiste no país e tem reflexos no mercado de trabalho, que reproduz um sistema desigual. Segundo a pesquisa conduzida por João Hallak Neto (foto: Joelma Cruz/Agência IBGE Notícias), pessoas pretas ou pardas que trabalham como diretores e gerentes recebem, em média, 34% menos que pessoas brancas nos mesmos cargos. Em 2012, quando o IBGE iniciou a série histórica, os negros recebiam 39% menos, em 2023, o percentual diminuiu para 33%.
Outra forma de perceber a desigualdade racial no mercado de trabalho é observando que o rendimento por hora de uma pessoa branca chega a R$ 43,20. Já para os negros, R$ 29,90. Assim, a hora trabalhada do branco com diploma vale 44,6% a mais que a do preto e pardo. É a maior diferença entre todos os segmentos de escolaridade. A pesquisa mostra que os trabalhadores pretos ou pardos vivenciam mais a informalidade no trabalho, com empregos sem carteira assinada, trabalhadores por conta própria e empregadores que não contribuem para a previdência social. Nada a comemorar.













