Dr. Marcos Andrade
A saúde física e mental das pessoas depende de vários fatores.
A estabilidade financeira, obviamente, é um deles.
Por ocasião da última reforma da Previdência, um grave erro – que considero, inclusive, criminoso –
foi cometido. Lembro-me de que, à época da tramitação do projeto, encontrando-me com o então senador Antonio Anastasia, comentei com ele sobre o assunto e, concordando comigo, fez a observação de que muita coisa ainda seria mudada. Mas isso não aconteceu.
Hoje, vejo viúvas deixando de comer e de tomar remédios porque essa reforma reduziu em 50% a pensão por morte do marido.
Para não me alongar, questiono: o aluguel, o IPTU, a luz e a água reduzem, com a morte do varão, em 50%? São os mesmos custos e metade do rendimento.
E o trabalho do falecido, gerador da pensão, não contou com o apoio da esposa para sua viabilização?
A pensão pós-mortem é um bem da família e por ela foi construída. Sua redução é injusta e, mais uma vez, o Estado agride a saúde das pessoas.
Em um Brasil em que as leis mudam como se troca de roupa, isso deve ser revisto. Um pequenino pedaço dos roubos na Previdência, se coibido, facilmente recompõe essas pensões. Saúde e justiça social devem ser suprapartidárias!
Dr. Marcos Andrade – Cardiologista/Clínica Marcos Andrade













