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O silêncio sob suspeita

Paulo César de Oliveira
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Dias Toffoli (Rosinei Courinho/STF) resolveu puxar para si o inquérito do Banco Master, impôs sigilo absoluto e agora tenta tocar a investigação com rédea curta. Deu 30 dias à Polícia Federal para ouvir envolvidos, sempre sob o olhar atento de juízes do seu gabinete. O gesto acendeu o alerta no Banco Central. Técnicos relatam aos investigadores que jamais sofreram pressão política semelhante em favor de um banco. Com as oitivas anunciadas, cresce o temor de que o depoimento vire instrumento de intimidação — até porque a confiança interna na disposição do ministro para ir fundo é mínima. 

Gabriel Galípolo reagiu à sua maneira. Em entrevista no BC, mandou recado direto ao Supremo: colocou-se pessoalmente à disposição para depor e fez questão de registrar que tudo foi documentado; reuniões, mensagens, contatos. O subtexto é claro: o BC se protegeu. Se houver constrangimento, haverá prova. Toffoli agora não investiga só um banco. Investiga sob os holofotes.

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