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Quando o caixa é deles, a pressa é virtude

Paulo César de Oliveira
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O Congresso descobriu uma virtude tardia: rapidez quando o interesse é próprio. O mesmo Parlamento comandado por Hugo Motta (Lula Marques/Agência Brasil) e Davi Alcolumbre, que passou meses recusando qualquer aumento de tributos em nome do “sofrimento do contribuinte”, aprovou em menos de um dia a elevação de impostos sobre bets, fintechs e JCP. O motivo era nobre – para eles: garantir R$ 61 bilhões em emendas. A resistência ao discurso fiscal evaporou na última semana útil de dezembro, período em que o Congresso produz mais que o resto do ano somado. 

A articulação teve o dedo de Tarcísio de Freitas e impôs uma derrota sonora ao governo Lula, que teria de cortar R$ 35 bilhões do orçamento. Para escapar, ressuscitou-se um projeto antigo, do deputado Mauro Benevides, já com urgência aprovada, direto ao plenário, sem debate. Moral da história: imposto só dói quando não engorda emenda.

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