O Brasil sob nova administração. É torcer para dar certo
Bom, mais um ano se foi. E que ano!!! Não me lembro de um ano que tantos desejassem acabar logo como este 2016. Parece que tudo de ruim se juntou no ano que passou, culminando com a crise política, econômica e moral que estamos vivendo. Mas já estamos em 2017 e começamos o ano com mudanças em todos os municípios. É dia de posse de prefeitos e vereadores eleitos em outubro. E mesmo onde houve reeleição de prefeitos, começa uma mudança. Até porque os reeleitos terão a oportunidade de, tendo ido mal no primeiro mandato, corrigir os erros e marcar o nome na história de suas cidades quem sabe, aspirando voos mais altos. Os novatos vão começar um mandato sabendo que, mesmo ainda no início, o Brasil vai tomando uma nova cara, graças, especialmente, ao trabalho de alguns abnegados, cujo símbolo é o juiz Sérgio Moro. O combate à corrupção e a exposição dos corruptos, não tenham dúvida disto, já nos abre outro caminho. Muitos destes corruptos já ficaram neste caminho. Desmascarados, tiveram cassadas, pelo povo nas urnas, suas carreiras de espertalhões, enganadores do povo.
Mas não podemos perder de vista que ainda há muitoque fazer. Corrupção é hábito, é cultura e, por isso mesmo, de difícil extinção. Entre nós ela se disfarça em esperteza, em buscar levar vantagem em tudo. E somos condescendentes com ela. Ela faz parte de nosso folclore político e vai engrossá-lo enquanto não mudarmos de atitude. Enquanto não cobrarmos outra postura de nossos dirigentes. Enquanto nós mesmos não mudarmos de postura, deixando de lado a omissão, passando a fiscalizar e a cobrar. Cobrar seriedade no trato da coisa pública. Cobrar o cumprimento pelos eleitos, do que prometeram nas campanhas. Muitos foram eleitos prometendo mudanças, acusando seus antecessores de incompetentes, enganando o povo afirmando que farão o que, desde sempre sabiam, que não seria possível fazer. Quem agiu assim precisa ser cobrado com mais indignação pois agiu de má fé.
É necessário, no entanto, que não nos deixemos enganar. Não podemos seguir o mesmo caminho dos enganadores, cobrando o que sabemos impossível de ser realizado. O Brasil precisa, como talvez nunca tenha precisado, de um choque de realidade. Os prefeitos e vereadores que assumem hoje, passarão por “tempos bicudos”, de enormes dificuldades para cumprir com suas obrigações mais elementares. Vários destes prefeitos, como João Doria, em São Paulo,Alexandre Kalil, em Belo Horizonte, e Vitório Medioli, em Betim, na região metropolitana de BH, venceram a disputa eleitoral com um discurso de realismo, de defesa de uma nova forma de administrar, baseada na competência, não na prática política ultrapassada. Terão que ser criativos. Muito mais na busca do aumento das receitas – sem reajustar ou criar novos impostos- do que no corte de despesas. É no município que as pessoas vivem. É nos municípios que as coisas acontecem. Só mudaremos o país se conseguirmos mudar as práticas nos municípios. Se conseguirmos mobilizar os cidadãos. Sem isto será impossível colocar o país nos eixos. Acredite, um novo ano está começando. É hora de tomarmos posse, de assumirmos o mandato de cidadãos e com ele mudar nossas cidades, nosso estado, nosso país. 2017 já começou.