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Blog do PCO

Sem reforma nada vai

É hora da sociedade impor aos nossos políticos uma ampla reforma da política. Esta é a mãe de todas as reformas que o país necessita. Sem que ela se efetive, é impossível pensar em qualquer outra mudança, por mais necessária que ela seja. O ex-presidente Lula, na ordem do dia, há algum tempo em entrevista na Globo News, perguntado sairia a reforma política foi curto e grosso: “Com este congresso não sairá nenhuma reforma. Iriam contra eles, nunca”. Dá para imaginar, por exemplo, uma reforma constitucional com o atual quadro político-partidário? Dá para se imaginar uma reforma trabalhista e previdenciária com o atual quadro político partidário? Em recente palestra o ministro Gilmar Mendes, que vai assumir agora a presidência do Tribunal Superior Eleitoral, questionou a existência de uma divisão tão grande assim na sociedade que justifique a existência de tantas siglas partidárias -28 com representação no Congresso. Tem razão o ministro. Não há razão para tantas siglas a não ser, óbvio, por questões nada republicanas, como a que assistimos agora, com negociação escancarada de apoio à presidente em troca de cargos. As “negociações”, nos termos em que estão acontecendo, seriam motivos para cassação de registro por parte da Justiça Eleitoral. Caso típico de compra de votos que, de tão deslavada, passa despercebida. Mas não deveria passar. Os efeitos desta negociação são imediatos. É por isso que se compõem ministérios e secretariados de nível tão baixo, sem qualquer cuidado com a capacidade do escolhido. Até porque, ele não terá compromissado com a administração pública, mas tão somente com quem, ou com o grupo, que o indicou. Compromissos, que mostram as investigações policiais, são, invariavelmente, corruptos. Quem se vende, ensina a cultura popular, vale sempre menos do que recebeu. Incomoda saber que diagnóstico há, o que se imagina é onde buscar a cura. É inimaginável pensar que uma reforma de tal porte será possível com estes grupos de poder. E então, o que fazer?

 

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