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Semana difícil para Dilma

Paulo César de Oliveira
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A presidente Dilma terá uma semana de tirar o fôlego. Além das expectativas quanto aos movimentos de rua – no domingo, dia 12, os protestos são para pedir o impeachment da presidente- o governo enfrentará tempestades na Câmara, com o anunciado depoimento de João Vaccari, tesoureiro do PT, na CPI da Petrobras, e no Senado com debates sobre o ajuste fiscal. Este ajuste que é vital para o país tem sido um espinho na garganta da presidente Dilma. O curioso é que a maior resistência encontrada por ela é exatamente em sua base, principalmente no PT, partido que ainda imagina que são infinitos os recursos do governo, como se eles nascessem em árvores ao longo das avenidas onde desfilam vaidosos e sedentos petistas, que imaginam manter o poder à custa da farta distribuição de benefícios. Parte exatamente de quem deveria apoiar a presidente, as maiores mentiras sobre o ajuste que a equipe de Joaquim Levy está tentando levar adiante. Ao contrário do que alardeiam lideranças como o senador Paim, do Rio Grande do Sul, que fez carreira como pretenso defensor dos aposentados, o governo não trabalha para acabar com conquistas dos trabalhadores. O que se propõe é tapar um ralo por onde escoam bilhões de reais todos os anos, com espertalhões usando as brechas e as liberalidades da lei para se apoderarem de benefícios de forma até leal, mas absolutamente imoral. Os números do seguro desemprego, por exemplo, demonstram que há algo de errado com o seu pagamento. De  2003 a 2014, a taxa de desemprego caiu de 12,3% para pouco mais de 4%, enquanto as despesas com o seguro subiram de R$,6 bilhões em 2003 para R$ 36,8 bilhões em 2014. Esta conta simplesmente não fecha e se o governo não colocar mão de ferro sobre este e outros ralos as suas contas é que não fecharão, o que será pior para os trabalhadores. É nisto que os petistas e outros partidos ditos de esquerda precisam pensar antes de fazerem campanha contra. Os oposicionistas só podem votar a favor. Dilma está propondo o mesmo que Aécio proporia. E por uma razão simples: não há outra solução.

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