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Blog do PCO

Um ano de incertezas

O ano político começa exatamente como terminou: cheio de incertezas. Certo mesmo apenas o fato do governo apostar, e agir, para sufocar o processo de impeachment, como anunciou o ministro Jacques Wagner e, como anunciou a presidente Dilma, abrir o diálogo com os que aceitarem submeter-se aos seus projetos. A se dar um pouco de crédito ao que vem anunciando o governo, a novidade política maior do 2016 poderá ser o surgimento de um novo PT. Por sobrevivência, e não por outra razão, lideranças importantes da legenda, já falam em implementar reformas em alguns setores antes consideradas “vacas sagradas” pelos petistas “puro sangue” espécie que, parece, vai sendo extinta. Abertamente a presidente, e seus ministros, já anunciam reforma da Previdência, com a retirada de alguns ganhos (?) dos trabalhadores; mudanças nas leis trabalhistas e até cortes em programas sociais. Não são medidas que sinalizam uma virada à direita, mas reformas para que o governo possa sobreviver. Há resistências entre os petistas? Sim, há. Mas poucas reais e ideológicas. Dentro do que parecer ser um bem elaborado roteiro de marketing, o diretório nacional já anunciou que deseja mudanças nos ajustes, com redução de juros e até mesmo a criação de novos subsídios. Propostas formuladas em parceria com os chamados “movimentos sociais”, um estranho “lobo mau” que o petistas sempre ameaçam colocar nas ruas quando desejam algo. Na prática, os “movimentos sociais” tem sido apenas o MST, que Lula prefere chamar de “exército do Stédile”, um grupo manipulado para tudo. Mas as ameaças fazem parte do jogo e servem apenas para mostrar que o partido se recusa a adotar pautas “da direita”. É apenas parte do jogo que será jogado este ano. Com desemprego em alta, recessão na economia, receita em queda, saúde em frangalhos além de problemas em todos os outros setores, o PT que pensa já descobriu que precisa tirar os “óculos de Pollyana” para ver a realidade do país. Que nada tem de cor de rosa.

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