Segundo a agência oficial de informação sul-coreana, a Coreia do Norte decidiu enviar 12 mil soldados para ajudar a Rússia na frente ucraniana. No entanto, os EUA declararam que não podiam confirmar se esses soldados foram enviados para a frente de combate para reforçar as forças russas. Mas consideram essa possibilidade. Coreia do Norte e Rússia negam a denúncia. Mas a palavra deles tem escassa credibilidade.
A se confirmar esse envio, que parece ser plausível, a configuração da guerra no leste europeu muda para um patamar muito mais perigoso e desdobramentos militares de difícil previsão. A decisão da Coreia do Norte é explosiva e equivale a transferir para a Ucrânia um novo Paralelo 38, linha que divide as duas Coreias em tensão permanente.
A Coreia do Sul considera fornecer armas diretamente à Ucrânia, na medida em que aumentam as evidências de que soldados norte-coreanos estão prontos para ajudar a Rússia. Mas não só. A Lituânia defende que a OTAN deveria considerar a ideia do presidente francês, Emmanuel Macron, de enviar tropas dos países membros para a Ucrânia após o alegado recrutamento de soldados norte-coreanos. O chefe da diplomacia lituana lamentou, inclusive, que os aliados mais uma vez estejam atrasados no apoio à Ucrânia. Tudo indica que esse “retardo” na reação dos aliados ocidentais, de fato, é um problema sério e crônico.
O risco de a guerra no Leste europeu tomar proporções supre-regionais, somado à ampliação da guerra no Oriente Médio, o aumento da tensão entre as Coreias e, além disso, da China com Taiwan, fazem prever que o mundo caminhe para um perigoso conflito de proporção mundial. Sob o ponto de vista das finanças, o aumento da volatilidade dos mercados tende a se acentuar no curto\médio prazos. As commodities de reserva, como ouro e criptos, têm grande chance de novas altas.
JVMA
Elaborado pela RC Consultores