Mesmo que muitos acreditem que o acordo de Mariana não vai dar em nada, políticos, autoridades e representantes dos atingidos pela tragédia de 2015 participaram da assinatura do contrato nesta sexta-feira, em Brasília. Durante o evento de assinatura do acordo de Mariana, nesta sexta-feira, em Brasília, o governador Romeu Zema(foto/reprodução internet) ressaltou que esse acerto foi inspirado na reparação da tragédia em Brumadinho e que dessa vez também está se "corrigindo um erro histórico, que foi, acho, bem-intencionado, mas não deu resultado: a Fundação Renova. A partir de agora, sim, as obras vão acontecer e as pessoas vão ver que as suas vidas estarão melhorando".
A Fundação, criada em 2016, era responsável por conduzir as ações de reparação e indenização aos atingidos, e será extinta a partir da homologação judicial do acordo. A Samarco ficará responsável por finalizar as transações. Ao longo de 9 anos, a Fundação Renova só conseguiu pagar 112 mil pessoas. Há em torno de 300 mil pessoas que não receberam indenização
Ao divulgar as informações do acordo de Mariana, o governo Lula acusou a Renova de “descumprimento sistemático das deliberações do Comitê Interfederativo (CIF)”, o que levou a pactuação a não funcionar. Lula também disse que espera “que as empresas mineradoras tenham aprendido a lição. Ficaria muito mais barato ter evitado o que aconteceu. Infinitamente mais barato, certamente. Não custaria R$ 20 bilhões evitar a desgraça que aconteceu — declarou Lula. — Espero que sirva de lição para outras centenas de lixo que as empresas jogam em represas nem sempre tão bem preparadas ou modernas.’