Diante da decisão do governo Trump de impor uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, o presidente Lula avalia incluir a quebra antecipada de patentes de medicamentos como uma possível retaliação. A medida, ainda em estudo, seria simbólica e estratégica, especialmente por atingir diretamente empresas farmacêuticas norte-americanas. A criação de um grupo interministerial para avaliar os desdobramentos comerciais – composto pelo vice Geraldo Alkmin e os ministros Fernando Haddad (Fazenda) e Mauro Vieira (foto/reprodução internet), Relações Exteriores, – indica cautela. Há consenso de que uma resposta precipitada poderia gerar efeitos colaterais à indústria nacional, sobretudo em setores que dependem de insumos importados. Por outro lado, ao sinalizar disposição para agir em áreas sensíveis, como a propriedade intelectual, o Brasil busca reafirmar sua soberania e capacidade de reação diante de agressões comerciais unilaterais. O desafio será equilibrar o tom político da resposta com os impactos econômicos reais sobre a cadeia produtiva local.