Uma pesquisa do Instituto Travessia revelou o peso que vestuário e aparência têm na percepção dos eleitores sobre políticos. Em um experimento com 10 participantes, imagens de pessoas desconhecidas, apresentadas como políticos, foram analisadas sem contexto adicional. A missão: descrever as impressões iniciais que as figuras despertavam. A imagem que gerou mais reações negativas foi de um homem branco, entre 50 e 60 anos, de terno e gravata. Ele foi amplamente associado ao estereótipo do político tradicional, com rótulos como “corrupto”, “ladrão” e “não se preocupa com os pobres”.
Apesar disso, o grupo divergiu sobre sua posição ideológica, associando-o tanto à direita quanto à esquerda. Conduzida como parte da dissertação de mestrado da jornalista Deniza Gurgel (foto/reprodução internet) no IDP, a pesquisa expôs como traços físicos e vestimentas reforçam preconceitos. Esses achados indicam que, na política, a aparência não só comunica, mas também polariza, moldando interpretações imediatas e ideológicas, confundindo aparências com estereótipos.
