A 65ª cúpula do Mercosul começa, nesta quinta-feira, com um desafio para os governos do Brasil e Argentina, de aparar as arestas para evitar maiores danos entre o comércio entre os dois países. Os presidentes Lula e o argentino Javier Milei(foto/reprodução internet) terão a oportunidade de conversar sobre as prioridades de cada um. Mas dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços do Brasil (MDIC), do vice-presidente Geraldo Alckmin, mostram que entre janeiro e outubro deste ano a Argentina comprou 24,8% menos produtos brasileiros que no mesmo período do ano passado, enquanto o Brasil aumentou a importação em 9,7%.
A balança comercial brasileira com a Argentina ainda se mantém positiva, mas caiu de 4,75 bilhões de dólares para 69 milhões de dólares no mesmo período. Em 2023, o Brasil teve um superávit em torno de 6 bilhões de dólares com os países do Mercosul, segundo a embaixadora, enquanto este ano o resultado ficou mais equilibrado. Somente entre Brasil e Argentina, a corrente comercial entre os dois países caiu 10,8 bilhões de dólares, segundo os dados do MDIC.