O ministro Luís Roberto Barroso (foto/reprodução internet) vai encerrar sua presidência no Supremo Tribunal Federal com um gosto amargo. Tentou reduzir o protagonismo do Supremo, mas viu a Corte cada vez mais dividida, principalmente com o peso das decisões de Alexandre de Moraes. Nos bastidores, transmite frustração e dizem que pode até deixar o Tribunal após passar o comando a Edson Fachin, em setembro. Com vínculos fortes com os EUA, onde estuda e tem imóvel, há rumores de que seu visto seria suspenso. De volta à 2ª Turma, encontrará colegas com os quais não mantém afinidade. Barroso, que chegou como defensor de um Judiciário técnico e moderado, sai marcado pelo clima de tensão institucional que não conseguiu ou não quis conter. Agora, cogita um afastamento que soa como fuga. Mas talvez o que o país precise não seja mais silêncio, e sim prestação de contas.