No depoimento prestado ao Supremo Tribunal Federal nesta segunda-feira, Mauro Cid (foto/reprodução internet) reafirmou que o ex-presidente Jair Bolsonaro participou ativamente da construção da minuta golpista, editando o texto, com auxílio do ex-assessor Filipe Martins, e mantendo a ordem de prisão do ministro Alexandre de Moraes. Ao retirar da lista outras autoridades, o ex-presidente buscava, segundo Cid, uma versão “enxuta” do plano. O delator também relatou que o general Braga Netto levou dinheiro vivo ao Palácio da Alvorada, destinado ao major Rafael Martins, e descreveu a pressão para que Freire Gomes fosse substituído por um comandante mais alinhado à ruptura institucional. Foi a primeira vez que Cid detalhou esses bastidores diante de Bolsonaro e de seus aliados, num depoimento que expôs as divisões internas do grupo e reforçou o enredo já traçado na delação premiada.