A poucos dias para o pregão que ofertará 64 blocos na margem equatorial – 47 deles na Foz do Amazonas –, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, pressiona a Marina Silva (foto/reprodução internet) a renovar o aval que expira em 18 de junho e viabiliza futuras rodadas. A autorização, herdada do governo Bolsonaro, venceu em fevereiro para 14 áreas potiguares e é requisito para que a ANP volte a ofertá-las caso não recebam lance. Sem a assinatura conjunta, estudos já feitos e cerca de R$ 10 bilhões em bônus de assinatura estimados pelo Tesouro ficam suspensos, complicando o esforço do Planalto para reforçar o caixa em meio a choques com o Congresso. O Meio Ambiente resiste, citando sobreposição com cinco zonas prioritárias de conservação e a falta de avaliação regional, mas Silveira contrapõe pareceres positivos de Ibama, ICMBio e a produção já existente da Petrobras. O impasse expõe o dilema entre fechar as contas e sustentar a vitrine climática.