Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) por 31 anos, Marco Aurélio Mello (foto/reprodução internet) usou a palavra perplexo para expressar-se sobre a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro ter sido apresentada pela Procuradoria Geral da República (PGR) e não no Plenário. O ex-ministro criticou o julgamento de acusados sem foro privilegiado pelo STF e usou o eufemismo “alargamento da competência do Supremo”, para dar a entender que estão, em fala popular, errando a mão.
Melo considerou exagerada a pena imposta à cabelereira Débora Rodrigues dos Santos, condenada a 14 anos de prisão por pichar a estátua A Justiça, em frente ao STF. Exagerada porque, segundo ele, a arma dela – condenada também por associação criminosa armada – foi o batom com o qual escreveu a “perdeu, mané”. “Para mim, é um descalabro”, afirmou Mello sobre o caso.