Trechos da investigação da Polícia Federal na Operação Contragolpe descobriram que os militares ligados às forças especiais presos nesta terça-feira, habilitaram pelo menos quatro chips de celular em uma loja em Uberlândia. Os cinco planejaram um golpe de estado para impedir a posse do presidente Lula após as eleições e tramaram a morte de Lula, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.
Foram presos o tenente coronel Hélio Ferreira Lima, que comandava a 3ª Companhia de Forças Especiais em Manaus, destituído do cargo em fevereiro deste ano; o general e ex-ministro interino da Secretaria-Geral Mário Fernandes, Secretário executivo da PR. Atualmente, ele é reformado e assessor do deputado Eduardo Pazuello e o major das Forças Especiais do Exército Rafael Martins de Oliveira. Ele negociou com o coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, o pagamento de R$ 100 mil para custear a ida de manifestantes a Brasília. Também foram presos o major Rodrigo Bezerra de Azevedo e o policial federal Wladimir Matos Soares.
Todos os quatro militares foram presos no Rio de Janeiro e o agente da PF em Brasília. Dois deles estavam trabalhando na segurança de autoridades no G20. (foto/reprodução internet: Rafael Martins de Oliveira, Hélio Ferreira Lima, Rodrigo Bezerra de Azevedo e Mario Fernandes — Foto: Arquivo pessoal e Eduardo Menezes/SG/P)