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O recorde que ninguém comemora

Paulo César de Oliveira
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O país bateu um recorde que não dá troféu. Em outubro, 8,7 milhões de empresas estavam inadimplentes: o maior número desde que a Serasa começou a medir o problema, em 2016.

A economista Camila Abdelmalack (@camilaabdelmalack), da Serasa Experian, avalia que a desaceleração na concessão de crédito tem limitado a capacidade das empresas de renegociar dívidas e reorganizar suas obrigações financeiras, aumentando a pressão sobre o caixa. A conta soma R$ 204,8 bilhões em dívidas vencidas.

Não é acidente estatístico; é sintoma econômico. O crédito secou, a renegociação ficou mais cara e a atividade perdeu fôlego. Resultado: o caixa das empresas encolhe antes da dívida. As micro e pequenas sentem primeiro e mais forte; as grandes ainda resistem pela musculatura financeira. O mapa do calote segue previsível: o Sudeste lidera, seguido por Sul e Nordeste. Norte e Centro-Oeste vêm atrás. O dado central, porém, é outro: quando o crédito trava e a economia esfria, a inadimplência deixa de ser exceção e vira regra. E regra quebrada em série vira crise anunciada.

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