Às vésperas de um provável encontro com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump – entre os dias 26 e 27 – o presidente Lula (foto/reprodução internet) deve ter em mente a frase “muita calma nesta hora.” É esperado que Donald Trump pleiteie algum tipo de cooperação relativa às terras raras, mas para o Brasil pode não ser interessante acordos que demandem exclusividade; quem já detém tecnologia para separação destes minerais são os chineses, uma das razões que os leva a parear apostas com os norte-americanos na guerra das tarifas comerciais. Muito menos é interessante para o Brasil estremecer relações com os Estados Unidos, o segundo maior comprador de produtos brasileiros.
Não é de hoje que o assunto big techs tornou-se uma pedra no sapato entre Brasil e Estados Unidos e este pode ser mais um ponto de discórdia para enfraquecer a química entre Lula e Trump. O governo brasileiro tem ações para regulamentá-las pela percepção de que essas empresas desafiam a soberania nacional. Já as big techs, em sua maioria norte-americanas, se queixaram a Washington de que o Brasil está criando um ambiente hostil. Isso sem falar na escalada de hostilidade de Donald Trump em relação a países latino americanos como Venezuela e Colômbia. Neste cenário, o perigo é que a química entre os dois presidentes se torne explosiva.
