A proposta de emenda à Constituição (PEC) voltada para a segurança pública, elaborada pelo governo Lula, tornou-se um ponto de tensão entre a União e os Estados. O governo busca maior autonomia para combater o crime organizado, enquanto governadores defendem a manutenção das atribuições das polícias e um aumento do controle sobre os recursos federais. Recentemente, o texto retornou ao gabinete do ministro Ricardo Lewandowski, que tenta conciliar as diferentes sugestões recebidas durante as reuniões com representantes estaduais e municipais.
O Conselho Nacional de Secretários de Segurança Pública (Consesp) divulgou um documento com propostas de alterações, priorizando uma atuação mais coordenada das polícias estaduais no combate às milícias. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (foto/reprodução internet), apresentou uma versão alternativa, evidenciando as divergências entre líderes estaduais. As propostas incluem fortalecer a Polícia Rodoviária Federal sem comprometer o poder dos estados. É evidente que, para que a PEC avance, será necessário um diálogo mais eficiente e inclusivo entre todas as partes envolvidas. O ministro Lewandovsky está morrendo de saudades de seus belos tempos de decisões monocráticas. Era tão mais fácil atar e desatar os nós da vida pública…