As mudanças que o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, tem proposto para o saque-aniversário do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) causam polêmica e repercutem tanto com empregados, como empregadores. O presidente da Abrasel (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes), Paulo Solmucci(foto/reprodução internet), considera que essa é uma conquista dos trabalhadores e deve ser aprimorada.
Ele lembra que essa discussão se dará no Congresso Nacional, mas ressalta que, “em vez de acabar com a modalidade, propomos reduzir ou zerar o prazo de dois anos para o resgate total ou parcial do fundo em caso de demissão.” Solmucci argumenta que “um em cada quatro trabalhadores, dos 130 milhões com conta no FGTS, já usou o saque-aniversário. Destes, 75% encontravam-se negativados por instituições financeiras e, portanto, não teriam acesso a outras modalidades de empréstimo, a não ser com taxas escorchantes. O valor resgatado é utilizado principalmente para quitar dívidas em atraso -73% dos que sacam o fazem com essa finalidade”.
Para Solmucci, a proposta de Marinho é absurda e prejudica as empresas, o empregado, a produtividade e gera gastos com o seguro-desemprego.