Paulo Okamotto (foto: Reprodução/PTTV), aliado histórico de Lula e fundador do PT, deixou a presidência da Fundação Perseu Abramo antes do fim do mandato, que iria até 2028. Fez isso em público, no lançamento do 8º Congresso do partido, para provocar o que considera urgente: debate real sobre renovação de práticas, métodos e organização. Ele diz que, enquanto estivesse no comando, a discussão ficaria contida. A fundação, cérebro teórico e formador de quadros do PT, será liderada interinamente por Brenno Almeida. Okamotto insiste: não basta trocar nomes; é preciso mudar o comportamento político. A renúncia também ecoa a recente intervenção do Ministério Público, que brecou tentativa de prorrogação da direção. O recado é claro: ou o PT se reinventa, ou seguirá discutindo apenas quem ocupa a cadeira – e não o que ela deveria representar. É a famigerada crise de identidade.












