A reunião entre o presidente Lula e governadores para discutir a PEC da Segurança Pública, realizada no Palácio do Planalto, expôs a complexidade dos desafios na área de segurança que a proposta, sozinha, dificilmente resolverá. Durante mais de quatro horas, governadores expressaram frustrações e destacaram as dificuldades que enfrentam com o aumento da criminalidade, com momentos de tensão e desabafos. O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, alertou sobre a expansão do crime organizado e suas possíveis repercussões em outros estados, chamando a situação de “terrorismo”. Já o governador de Goiás, Ronaldo Caiado(foto/reprodução internet), questiona o projeto como uma “usurpação de prerrogativas” estaduais, enfatizando que o apoio federal deveria ser consultivo, e não impositivo.
A proposta de criar um Conselho Nacional de Segurança Pública, que busca integrar esforços estaduais e federais, foi bem recebida. No entanto, a demanda mais unânime entre os governadores foi a de garantir maior autonomia para os estados adaptarem leis penais às suas realidades, enfrentando menos restrições impostas pela legislação federal.