O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (foto/reprodução internet), aproveitou a cerimônia de posse de diretores da Agência Nacional de Segurança Nuclear e da ANP, no Rio de Janeiro, para colocar em pauta um tema incômodo: a possibilidade de o Brasil vir a usar tecnologia nuclear também para fins de defesa. Embora tenha reconhecido que a Constituição hoje restringe o uso apenas a aplicações pacíficas, Silveira sustentou que, diante do cenário internacional instável, o país precisará refletir sobre essa alternativa no futuro. Em sua fala, ressaltou que o Brasil reúne grande biodiversidade, abundância de água e minerais e domínio da cadeia do urânio, riquezas que exigem atenção estratégica. As declarações não soaram muito bem. Na coletiva após o evento, o ministro remendou: disse que falava em longo prazo e afirmou confiar que, se for o caso, o Congresso será chamado a reavaliar a posição sobre o tema.