A população sentiu no bolso o descontrole de preços do governo federal e amargou aumentos bem acima da inflação com gasolina, que deve fechar o ano com aumento de 20,7% e da energia elétrica, com 51,6%. A projeção para o conjunto dos preços administrados é 18,2% de reajustes, ante a estimativa anterior, divulgada em setembro, de 15,4%. Para 2016, a projeção para a variação do conjunto é 5,9%, ante 5,7% considerados no relatório anterior. “Essa projeção considera, para combustíveis, que os preços domésticos da gasolina e do óleo diesel encontram-se acima dos praticados no mercado internacional, restringindo, dessa forma, eventuais elevações”, diz o BC, no relatório. Para os preços da energia a projeção do BC é de elevação de 4,6% para 2016 levando em conta redução da tarifa em dólar da usina de Itaipu e ausência de mudanças no valor definido pelo sistema de bandeiras tarifárias em 2016, muito embora os riscos hídricos tenham evoluído favoravelmente e tenha ocorrido desligamento de usinas térmicas de maior custo. A projeção de reajustes dos itens administrados, em 2017, é de 5%.