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Para o FMI situação brasileira é ainda pior

Paulo César de Oliveira
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O Fundo Monetário Internacional (FMI) piorou a perspectiva de contração da atividade econômica brasileira em 2016 e não vê mais retomada do crescimento em 2017, o que vai pesar sobre a economia mundial como um todo. O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil deve sofrer retração de 3,5% este ano, ante projeção de contração de 1% feita em outubro. Isso depois de ter encolhido 3,8% em 2015, em estimativa também revisada para baixo de queda de 3% antes, segundo atualização do relatório “Perspectiva Econômica Global” divulgada ontem. Já em 2017, o FMI aponta que o Brasil deve registrar estagnação econômica, deixando de ver expansão de 2,3% como antes.A entidade cita em relação ao país “a recessão causada pela incerteza política e contínuas repercussões da investigação na Petrobras”, o que está sendo mais profundo e prolongado do que se esperava.

 

Brasil cresce menos que América Latina e Caribe

Com isso, o desempenho da economia brasileira fica bem aquém da região da América Latina e Caribe como um todo, cujas expectativas são de recuo de 0,3% do PIB em 2016 e crescimento de 1,6% no ano seguinte. A economia brasileira pesou sobre as estimativas para o crescimento global, que foram reduzidas em 0,2 ponto percentual tanto para 2016 quanto para 2017, respectivamente para expansão de 3,4% e 3,6%. “Essas revisões refletem de maneira substancial, mas não exclusivamente, uma retomada mais fraca nas economias emergentes do que previsto em outubro”, completou o FMI, citando ainda os preços mais baixos do petróleo e a expectativa de estabilização dos Estados Unidos em vez de recuperação da força.

 

Trabalho deve ser para reduzir vulnerabilidade

Para o FMI, os mercados emergentes e economias em desenvolvimento estão enfrentando agora uma nova realidade de crescimento mais baixo, com forças cíclicas e estruturais afetando o tradicional paradigma de crescimento. As previsões para esse grupo de países também foram reduzidas em 0,2 ponto percentual em cada ano, mas ainda assim a expectativa é de crescimento de 4,3% em 2016, acelerando para 4,7% em seguida. O FMI destacou a necessidade de gerenciar as vulnerabilidades e reconstruir a resiliência contra potenciais choques, impulsionando ao mesmo tempo o crescimento dessas economias. “Em uma série de exportadores de commodities, reduzir os gastos públicos enquanto se eleva sua eficiência, fortalecer as instituições fiscais e elevar as receitas não relacionadas a commodities facilitará o ajuste para receitas fiscais mais baixas”, trouxe o relatório. As projeções do FMI para a atividade econômica brasileira, que enfrenta forte recessão em um cenário de inflação e juros elevados agravado por uma crise política, são piores do que as de economistas de instituições financeiras. Pesquisa Focus do Banco Central aponta que eles veem retração de 2,9% em 2016 e crescimento de 1% no ano que vem. Com o Portal G1.

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