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Os tombos da indústria brasileira

Paulo César de Oliveira
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Pesquisa Industrial Mensal (PIM) de abril, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostra que na série com ajuste sazonal, as taxas foram negativas em 13 das 15 regiões pesquisadas, com oito delas apresentando o pior resultado da série histórica, iniciada em 2002, assim como o resultado nacional, que apresentou queda de 18,8% da atividade industrial de março para abril de 2020. As maiores quedas ocorreram no Amazonas (-46,5%), Ceará (-33,9%), Região Nordeste (-29,0%), Paraná (-28,7%), Bahia (-24,7%), São Paulo (-23,2%) e Rio Grande do Sul (-21,0%). Espírito Santo teve queda de 16,7%, Minas Gerais de 15,9%, Santa Catarina recuou 14,1% e Rio de Janeiro teve a produção 13,9% menor do que o mês anterior. Completam a lista dos índices negativos da PIM Pernambuco, com queda de 11,7%, e Mato Grosso, que recuou 4,3%.Tiveram resultados positivos apenas o Pará, com crescimento de 4,9% na comparação com março, e Goiás, que subiu 2,3%. Os dois estados voltaram a crescer após apresentar queda no mês anterior, de -14,4% e -2,5%, respectivamente. Pará cresceu em abril de 2020 37,6% na comparação com o mesmo mês do ano anterior e o Goiás subiu 0,4%. No trimestre encerrado em abril de 2020, o índice da indústria caiu 8,8% na comparação com o trimestre encerrado em março. Em relação a abril de 2019, a queda na produção industrial nacional foi 27,2%, a mais intensa da série histórica, assim como em nove dos 15 locais pesquisados. No acumulado do ano, a média nacional está com queda de 8,2%.

 

Queda no faturamento sem precedentes

Já os dados da pesquisa de Indicadores Industriais de abril deixaram o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade (foto), preocupado. Os números indicam que houve redução da demanda de consumo, causada pelo isolamento social, que afetou o faturamento das empresas, as horas trabalhadas na produção e a utilização da capacidade instalada da indústria de forma “sem precedentes”. Para a CNI, abril foi o pico da crise e a expectativa é a de que a retomada da economia comece ainda neste mês.

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