O Brasil está sentado sobre uma bomba fiscal com o pavio aceso e a única reação do governo é aumentar impostos e empurrar despesas. O presidente Lula promete estabilidade, mas entrega contabilidade criativa e tensão entre os Poderes. O veto ao aumento de deputados e a decisão monocrática do ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, sobre o Imposto Sobre Operações Financeiras (IOF) acenderam o estopim no Congresso Nacional, que reagiu a decisão com PECs, CPIs e chantagem institucional. Enquanto isso, o Tesouro se escora numa arrecadação artificial, inflada por atrasos no Orçamento e represamento de precatórios. Isso não é resultado fiscal, é maquiagem. Em três anos, foram mais de 25 medidas para arrancar receita. Mesmo assim, o governo não cumpre nem suas próprias metas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (foto/reprodução internet) virou fantoche da ala radical petista. O déficit fiscal morde 8% do PIB. A conta não fecha. E não fecha porque falta coragem para cortar gastos e responsabilidade para fazer política sem improviso. O estouro é questão de tempo.