A lógica da recuperação

O mundo inteiro prega o olho nos Estados Unidos, querendo saber o exato momento em que o FED vai, finalmente, elevar os juros, começando o processo de retirar estímulos para evitar a recessão. A economia americana, às vezes cantada em verso e prosa, vez por outra dá sinais de fragilidade e os riscos nas demais economias, anteriormente consideradas fortes, são mais que evidentes. Se olharmos, com lupa, a ata da última reunião do Banco Central americano, essa verdade acima explicitada, é o extrato resumido de seu texto. A lógica de tudo isso está no fato de que mantendo os juros próximos de zero, pelo menos até o início do próximo ano, o FED alimenta o apetite dos investidores pelos riscos de mercado. Nesse cenário, a poupança não tem valor, pela ausência de remuneração. Ou seja, o dinheiro, para agregar valor, tem que ser empregado na produção. E pensar que o Brasil paga juros de 15% em um mundo de juros zerados.