Uma reforma tributária que torne mais justa a divisão de taxas e impostos no Brasil é discutida amplamente por todos os presidentes desde a primeira vez que Lula assumiu a República em 2002. De lá para cá, muito se disse, pouco se fez. Agora, ao lado de Bernard Appy, um dos mais respeitados economistas tributários do Brasil e dono de um projeto de reforma que tramita no Congresso Nacional, o presidente espera dar ao mercado, aos seus eleitores e à oposição uma resposta que agrade gregos e troianos. Com a fusão de duas propostas (as PEC 45 e 110) o plano é diminuir 20% as distorções tributárias que foram criadas no País com a sobreposição de normas, tirar o peso do imposto entre os mais pobres e elevar a arrecadação em R$ 1,5 trilhão em 15 anos. Tudo isso com um impulso de até 1 ponto percentual no PIB para cada ano. Parece que, finalmente, Lula entendeu que a reforma tributária tem que ser protagonista na largada de seu governo e se apresenta como solução para fortalecer a frente ampla que o elegeu e se tornar na melhor forma de domar o mercado, em tempos de rusgas. (Foto/reprodução Internet)