O presidente da Associação Nacional de Restaurantes e dono da rede de Restaurantes Pobre Juan, Cristiano Melles (foto), lembra que em março de 2020, no início da pandemia, todo o setor foi fechado, justamente em um momento em que o movimento estava crescendo e mostrando um outro momento da economia brasileira. As portas foram fechadas, mas foi preciso usar a criatividade para manter funcionários e as empresas funcionando. No Pobre Juan houve uma opção pelo trabalho em delivery, mas quando se imaginava que o setor estava encaminhando para uma melhora, para a volta à normalidade, veio a onda da Ômicron. A população voltou a se trancar e por pelo menos duas semanas, o comércio sentiu com essa situação. Essa situação foi relatada durante a sua participação no Conexão Empresarial sobre Turismo e entretenimento, evento promovido pela VB Comunicação. Para Cristiano Melles, algumas cidades têm agido de forma diferente em relação as medidas tomadas para que a economia não sofra tanto. Um exemplo é o que acontece em Nova York e cidades da Europa, onde as pessoas já circulam sem a obrigatoriedade do uso de máscaras. Presente em 10 capitais, Cristiano Melles disse que percebe claramente que o número de estabelecimentos fechados em Belo Horizonte é muito maior do que em outras cidades. Ele cobra uma agilidade maior na tomada de decisões para a retomada da economia e fala da tristeza que é a capital dos bares estar com mais de 40% dos estabelecimentos fechados. Para o empresário, os envolvidos com o Carnaval deveriam retomar a discussão para que os blocos saiam nas ruas, com a exigência do passaporte da vacinação. Minas, no seu entendimento, tem muito a oferecer e deve ter um dos interiores mais agradáveis do país, mas precisa estar preparado para oferecer um turismo seguro. Ele também cobra linhas de financiamento, como as que aconteceram no início da pandemia, para ajudar nessa retomada, olhando para o pequeno e médio dono de bar. Ele pondera que as pessoas atualmente estão olhando a sustentabilidade, a gastronomia com o fogão a lenha, do aconchego, mas é preciso chegar até o turista. Temos uma foto da capital, onde a situação está muito difícil, e outro para o interior, com a oportunidade única de trazer o turista para Minas, a preços muito bons. No último trimestre, Cristiano disse que foi possível perceber como a pessoas estavam cansadas de ficar trancadas em casa e ele acredita na retomada da normalidade do setor e avisa que se algumas prefeituras tivessem mais agilidade na tomada de decisões para a retomada das atividades, a economia poderia ter uma recuperação maior. (Foto reprodução internet)