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A solução dos problemas do Brasil está nas mãos do brasileiro

Paulo César de Oliveira
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A economia brasileira está crescendo menos do que o esperado e o pior, o Banco Central detectou um recuo de 0,13% no primeiro trimestre. Falta trabalho para 27,7 milhões de brasileiros e com a proximidade das eleições, nada se vota no Congresso Nacional ou nas Assembleias Legislativas. Nem mesmo a proximidade da Copa do Mundo tem estimulado a população. Produtos estão encalhados nas prateleiras e mesmo a promessa de promoções e de prestações a perder de vista tem conseguido aumentar as vendas. O presidente da Fiemg, Olavo Machado Jr (foto), que se prepara para deixar o cargo nesta semana, entende que sair dessa crise é uma tarefa do brasileiro, porque não vai aparecer ninguém para ajudar o país a superar essa situação. Por outro lado, ele vê grandes possibilidades para o país, que tem espaço para crescer e se desenvolver e aconselha o brasileiro a escolher melhor os seus candidatos nessas eleições para eleger quem tem compromissos com o país.

 

A decisão do Copom de manutenção da taxa de juros no mesmo patamar foi entendida como sinal de que a economia brasileira não vai bem. O senhor tem esse entendimento?

Para mim não há sinalização nenhuma. A sinalização é a de que nós precisamos trabalhar mais para poder gerar riqueza e gerar empregos, Dentro de um quadro de incertezas que estamos vivendo, com o dólar variando sem que se sabia o porquê. Eu acho que não há nenhuma preocupação. Pior será se começar a subir com a taxa de juros de novo.

 

Há um entendimento de que o cenário externo se tornou mais desafiador e a fragilidade da economia brasileira deixa o país vulnerável às crises externas.

Nós, justamente pelas dificuldades pelas quais o país passa ou já passou, nos assustamos por qualquer sinal que não possa ser o mais positivo. Mas acredito que nós devemos voltar a produzir, a trabalhar e em acreditar em nós mesmos. Então, por qualquer oscilação que houver no mundo, como estamos em um mundo globalizado, temos que sofrer igual aos outros? Não. Nós temos que lembrar que nós temos muito a crescer ainda, o país precisa crescer. Não podemos ficar sempre vendo o lado negativo. Vamos fazer o que nós pudermos no mercado interno. Vamos valorizar o nosso mercado. Vamos todos trabalhar. O mercado externo tem os seus humores. Se nós começássemos a valorizar o mercado interno, usar as nossas commodities para produzir aqui, o mundo é que ia ficar preocupado, porque nós podemos crescer, nós podemos disponibilizar menos matéria prima para que as coisas sejam feitas fora do Brasil. Vamos deixar de sofrer.

 

Esse recuo da economia brasileira, não chega a ser preocupante?

Todo recuo da economia é preocupante, porém, nunca é definitivo. Nós já tivemos situação muito pior do que essa, mas nós já fizemos muito mais do que nós fazemos hoje. Nós não podemos nos contentar com o que nós estamos fazendo, porque não é o suficiente para mudar o quadro. Então, temos que perseverar mais, produzir melhor, porque não vai acontecer nenhuma mágica. Não virá ninguém nos ajudar. O brasileiro tem que saber que a sina é essa e construir o que nós precisamos para podermos dar mais segurança no trabalho, de geração de emprego e renda. É isso que nós precisamos fazer.

 

Em meio a essa crise, o Congresso brasileiro e a Assembleia Legislativa estão praticamente parados. Não se vota nada. O país parou?

Esse é um momento político complicado. Quem parou está com o salário garantido no fim do mês. Tenho certeza de que não vai faltar recurso, porque esses poderes sabem que o pouco que o país produz, eles vão tirar muito para não fazer nada para a população. Quem parou é quem pode parar. Eu não posso, você não pode. Então, nós temos é que trabalhar. Mas é preciso que nós aprendamos a votar, para ver se nós acertamos mais no voto.

 

O Brasil estaria melhor sem os políticos que nós elegemos?

Não diria que ficaria melhor sem os políticos que estão aí, mas alguns nunca deveriam ter participado da vida política brasileira, outros talvez estejam acuados. Mas tem gente boa aí e talvez tenha gente melhor de fora, ainda. Nós precisamos ter coragem de valorizar os que tem valor. Nós não podemos é ficar dando espaço para quem já mostrou que não tem compromisso com o país, e que os seus compromissos são outros. Nós não podemos é desistir do país.

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